Sou uma religiosa sem igreja, uma reclusa sem convento, amante de uma deusa sem altar.
Vivo na pele o tormento de uma humanidade que ainda não é. Vivo no mundo sem nele acreditar…
Sou sacerdotisa de um templo destruído à procura de um novo amor e uma nova fé.
Olho num único sentido: interior, íntimo no centro de mim mesma e espero a luz. A luz de um outro mundo e a única esperança.
Com ele há-de vir a nova criança e a deusa em que ainda descansa e as duas serão uma só!.
in “Mulher Incesto – Sonata e Prelúdio” de Rosa Leonor Pedro
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