O feminino ancestral anda a tentar abrir caminho para se manifestar… Desde Abril deste ano que algo rasgou o subsolo para se apresentar na crosta terrestre e que nos pede observação consciente e responsável do que é isto de trabalhar e resgatar o feminino. É algo ainda impronunciável mas que é reconhecido nas células das mulheres conscientes e serpenteantes.
O que vem aí é o feminino primordial despertado responsável e conscientemente em cada mulher e não “representantes” disto ou daquilo… Não será esta ou aquela mulher (muito menos homem) que irão apontar caminhos para que as demais sigam a líder que ocupa um qualquer trono ou cadeira.
O feminino primordial é circular. Não tem hierarquias. Não há líderes, muito menos seguidoras. Estamos todas sentadas no Círculo, ligando, ouvindo e respeitando todos os úteros e corações dessa espiral da Grande Mãe em cada uma de nós. Há sim um profundo respeito pelos movimentos circulares que nos distinguem enquanto mulheres, a começar pela manifestação da vida que é o nosso útero.
Portanto, queridas mulheres que tanto amo, fiquem atentas aos gatilhos patriarcais que nada mais são do que réplicas do discurso judaico-cristão que nos ilude e retira o poder pessoal há 4 mil anos.
O desafio agora é resgatarmos a nossa Essência ancestral de mulheres intuitivas, oraculares, sábias, curandeiras… antigas, mas tão antigas como a própria consciência da Grande Mãe. E isto não é divisível nem pode ser desmembrado.
A Mulher Integral é uma. A Grande Mãe é uma. Para a Mulher há a proposta do caminho do resgate da sabedoria que nos pede o mergulho às cavernas dos nossos seres, ao útero e ao sangue para assim despertarmos interiormente a consciência e a responsabilidade de sermos FILHAS DA TERRA com Espíritos conectados ao Grande Sol. A Mulher que está cindida por milénios de histórias de cisão, encontra-se agora frente-a-frente consigo mesma e a essa Mulher é-lhe pedido que se resgate deixando cair a linguagem patriarcal dos santos, deuses e avatares para entrar na linguagem ancestral do silêncio, tão antiga como a vida e aí ouvirmos a voz da transcendência dentro de cada uma de nós.
Isabel Angélica / IsisBella – 27.05.2015
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