Para mim Dezembro é isto e bolos e azevias e filhoses alentejanas

O mês de Dezembro é, para mim, uma altura de maior silêncio e recolhimento.

À semelhança do que acontece na Natureza no Hemisfério Norte, também eu me recolho do frio e me cubro de mantos para estar mais atenta à minha Voz Interior.

Este foi um movimento que aprendi a respeitar nas últimas décadas da minha Vida, impulsionada por um auto-conhecimento maior e mais afilado do que é seguir os ciclos e os ritmos da Mãe Terra dentro e fora de mim.

Nesta altura, passo mais tempo recolhidas com os meus projectos de crochet ao colo, os gatos espalhados à minha volta que querem sentir o calor do meu corpo e o fogo mais presente na minha rotina.

São momentos em que invariavelmente eu regresso mais no tempo e volto aos serões largos de Inverno na casa da minha avó materna onde eu, ela e a minha irmã, ficávamos de mantas no colo, aquecedor à frente, televisão ligada e aprendíamos com ela as artes do tricot, crochet ou ponto cruz.

Sim, para mim Dezembro é isto e bolos e azevias e filhoses alentejanas.

Chegou o tempo de sonhar abraçada à minha Dragão e sentirmos juntas o que vamos e desejamos materializar para a nossa Nova Vida, para a Nova Terra e para a Nova Huma(u)nidade.

Bem vindo, mês do Yule, Solstício de Inverno.