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As Deusas da Primavera por Paula Silva

Atualizado: 31 de mar.



Ostara - um dos oito Sabbaths da Roda do Ano, o ponto médio onde a duração do dia e da noite são equivalentes, mas a luz permanece. Se caminharmos pela Natureza conseguimos identificar os sinais de que Ostara está de regresso.


Sentimos a chegada harmoniosa do calor, vemos o despontar dos brotos nas árvores, as flores que pintam as paisagens com as suas multiplas cores, ouvimos o chilrear dos pássaros, respiramos o despertar de uma nova vida à Terra.


No tempo do Ostara honramos não só a chegada do Equinócio de Primavera, mas

também as Deusas Donzelas que personificam não só esta estação mas que também nos trazem a celebração da renovação.


No coração da Primavera estão duas Deusas cujas histórias se entrelaçam com o próprio ritmo da Natureza: Ostara e Kore, esta última mais conhecida pelo nome de Perséfone. Quando nos debruçamos no aprofundamento das suas histórias, descobrimos as semelhanças e os contrastes que iluminam a própria essência do Equinócio da Primavera.


Ostara, Deusa germânica da Primavera, e Perséfone, Deusa grega da Primavera e do Submundo, partilham nítidas semelhanças nos seus papéis de Donzelas. Ambas estão associadas ao Equinócio da Primavera, o período de equilíbrio entre a luz e a escuridão, e entre a vida e a morte.


Ostara traz com ela o amanhecer, o regresso da fertilidade e da luminosidade, enquanto Perséfone emerge do Submundo, anunciando a renovação da vida e

da vegetação. Tanto o tema da transformação e da renovação estão presentes na mitologia de ambas as Deusas. Perséfone, a Donzela, é raptada por Hades e levada para o Submundo, mergulhando o mundo num sombrio Inverno até que a sua mãe Deméter garante a sua libertação. Da mesma forma, Ostara incorpora o ciclo de morte e de renascimento, inaugurando a estação do crescimento e da renovação da vida após a esterilidade do Inverno.


Ambas as Deusas representam o girar da Roda do Ano, o eterno ciclo da vida, da morte, e do renascimento, reflectindo assim os próprios ritmos naturais da terra.

Apesar das suas semelhanças, Ostara e Perséfone também representam aspectos diferentes da Primavera. Enquanto Ostara está associada ao amanhecer e á renovação da vida, Perséfone incorpora a dualidade da Primavera, abrangendo tanto a alegria de novos começos como a tristeza da perda e da separação. A sua descida ao Submundo e o seu regresso seis meses depois simbolizam a natureza cíclica da vida, onde a morte não é um fim, mas uma transição para um novo começo.


Nas celebrações do Equinócio da Primavera, elementos das histórias de ambas as Deusas podem ser encontrados em rituais e tradições, seja através do acender de fogueiras para honrar o espírito ardente de Ostara, seja no plantar de sementes para simbolizar o regresso de Perséfone à superfície.


Ambas as Donzelas convidam-nos a abraçar a renovação e o crescimento que a Primavera trás consigo, e inspiram-nos a plantar novas sementes para que

as possamos ver germinar.

 
 
 

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