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Leão eu sou

Foto do escritor: Isabel AngélicaIsabel Angélica

Ontem, dia 24 de Janeiro de 2016, foi Lua Cheia em Leão. E eu, no meu mapa astral, sou Ascendente Leão, e tenho Mercúrio e Marte na casa 5 de Leão potenciados no fogo do Sagitário. Para além disso, um dos meus animais de poder é o Leão. Para alguns isto não diz nada, mas para mim serve de introdução à reflexão que me tem sido dada a fazer desde sábado à tarde.

Um dos meus grandes desafios enquanto mulher e ser humano sempre foi a gestão do poder pessoal – que autoridade sou em mim mesma, como manifesto isso, como lido com as minhas feridas, como lido internamente com o meu Sol e como o apresento. Passei DÉCADAS a tentar entender-me, ocupando tempo e espaço a fazer o que eu achava que os outros esperavam de mim, pois na realidade eu apenas queria ser amada e queria ser consensual.

Enchi-me de expectativas, esvaziei-me de energia, alimentei-me da tristeza depressiva e houve tempos que a minha vítima/agressora/manipuladora esteve bem patente na forma como eu agia para mim e como me relacionava com os que me rodeavam.

Até que, a partir de 2007, fui chamada a um novo compromisso interno que em 2011 atingiu o seu expoente. Nesse entretanto, a convite de trabalhos de consciência bem profundos dentro do meu EU HUMANO, fui descascada, despida, exposta, humilhada, confrontada, vomitei, gritei e sabe a Mãe lá mais o quê… o meu EU, tal como eu o mantinha até então, foi desmascarado sem dó nem piedade. Chorei (e ainda choro) muitas mágoas, entendi os rancores e comecei a abraçar as minhas raivas. Percebi conscientemente a origem de muitas dores e as que não entendi deixei em solo fértil para ir nutrindo. Percebi que tenho resistências, sou teimosa e vaidosa. Para depois perceber que nada disso é bom ou mau, pois quem decidia e decide o que fazer com isso sou eu, uma vez que, na realidade, sou responsável por mim.

E hoje, chegada a este dia de 2016, com a Lua Cheia a iluminar o meu EU e a minha matriz interna de Leão, posso dizer que estou muito orgulhosa e vaidosa do meu caminho e da forma como tenho vindo a recolher em mim mesma todos os meus aspectos. Estou muito feliz pelo que vou fazendo comigo. Tem sido um caminho difícil, oh se tem! Mas o mérito é essencialmente meu e que partilho com aqueles que me amam para me irem mostrando mais sobre mim.

Tenho tudo feito dentro de mim? Não… Ainda falta tanto para fazer, mas tenho ainda muitos passos para dar no caminho que sou eu mesma. Contudo, posso agora parar neste ponto do caminho, olhar para trás e estar feliz pelo que já percorri. E o que eu percorri só a mim me diz respeito e tenho muitas oportunidades de ir partilhando com aqueles que me querem ouvir. Não uso máscaras, mas também não me exponho a qualquer um, apesar do papel visível que assumo no meu dia-a-dia.

Aqui estou a sentir-me feliz, orgulhosa e vaidosa a perceber que ando a tomar tempo para mim como nunca fiz na vida, que sou senhora da minha vida, que já não me vou prendendo ao que os outros esperam de mim, cada vez estou mais fiel aos meus tempos e necessidades do meu corpo, coração, mente e espírito. E nesta Lua Cheia também percebi que isso incomoda muita gente. Algumas pessoas percebem o espelho que sou de determinação e até de exuberância e tentam trabalhar isso dentro de si mesmos/as, pois é algo acessível a qualquer um/a. Mas outras pessoa ficam tão irritadas e incomodadas que em vez de se observarem começam a tecer considerações, julgamentos e sabe lá a Mãe o quê sobre mim, esquecendo que ao me apontarem o dedo se deveriam recordar que sou um espelho. Tal como cada um o é para mim. E com os espelhos que uns e outros me mostram, percebo a necessidade imperiosa de não abdicar de mim, do meu tempo e do meu espaço. Pois a rainha e senhora deste império interno do meu Coração sou eu.

Esta Lua Cheia de Leão recorda-me vezes e vezes sem conta que estamos no ano da VIVÊNCIA DA RESPONSABILIDADE. Cada um é o actor principal da peça da sua vida. E cada um deverá escolher em todos os intantes quem quer ser – o eu real, em busca de si mesmo/a, ou o eu fictício que é vítima, manipula, se submete, acata, cala ou se zanga. As cartas estão dadas mas quem lança os dados somos nós – cada um de nós.

Quanto ao meu leão interno sinto-o saudável e altivo, com uma juba dourada bem bonita e um rugir poderoso e audível. Sou eu esse leão que se apresenta tal como é, pois sei que não posso fugir de mim mesma e da consciência que carrego. Sou firme e assertiva. Sou implacável mas justa. Sou protectora e guardiã. E faço-o de dentro para fora, pois tenho-me dado ao trabalho de me conhecer.

Isabel Maria Angélica 25 de Janeiro de 2016

Aslan
 
 
 

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