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Foto do escritorCarolina Serrano

Eclipse Solar em Balança - como as tuas relações refletem quem és, tens sido ou vais ser


eclipse lunar em balança

Gira a roda zodiacal e assim chegamos a Outubro de 2024 


E já nesta quarta-feira, dia 2, a três meses de acabar o ano (no calendário gregoriano) vivenciamos um eclipse solar total no signo de balança. Será o último a acontecer neste signo durante os próximos 18 anos.


Sendo os eclipses trânsitos lunares, estamos a ser ativados emocionalmente. Para alguns é caótico e drasticamente notável, para outros poderá até passar despercebido mas estamos todos, individual e coletivo, a experienciar. Da mesma forma que todos acordamos para o mesmo Sol mas cada um tem o seu entendimento e reação a esse início do dia. Aprendemos, aceitamos e integramos como vivenciar essas diferenças entre nós e o que nos rodeia.


Uma temporada de eclipses no eixo balança-carneiro convida-nos exatamente a um relacionamento com este espaço de evolução emocional. Desenvolvimento emocional. Sermos capazes de identificar o que está realmente a acontecer numa situação. O que está a ser ativado dentro de mim nesta relação, nesta situação, nesta reação? De que formas os meus mecanismos estão a cooperar? O que está a resultar, o que não está? Representa um desafio para com a maturidade emocional, para com o que é crescermos neste processo que é ser adulto na nossa humanidade.


Com o Nódulo Sul (cauda do dragão) envolvido nesta conversa cósmica, este eclipse pode representar tudo aquilo que está a ser afastado e distanciado tanto nas nossas relações como nas formas de nos relacionarmos com os outros e com a vida. Pode ser uma fase de capacidade de nos afastarmos das pressões da comparação, do medo de assumir e dizer a nossa verdade em prol da expectativa, da aprovação que foge da desilusão. 


Temos então oportunidades de mudança profunda. Tudo o que nos rodeia acaba por refletir as nossas escolhas. As nossas amizades, parcerias e romances também. É uma escolha. E durante os próximos seis a doze meses vamos experienciar de forma muito evidente de que forma as nossas relações suportam, acrescentam, expandem ou contraem, anulam e desvalorizam quem somos ou quem queremos ser.


Permitir desiludir e que nos desiludam. Permitir observação sobre de que formas permitimos que a opinião dos outros interfira com o nosso progresso. Não somos nem temos de ser para todos da mesma forma que nem tudo, nem todos são para nós. Como na expressão inglesa, “not everybody’s cup of tea”. 

Atrevo-me a dizer que este eclipse é como uma reafirmação, um punho a bater sobre a mesa. Sobre quem és e quem queres ser através de como ou com quem escolhes relacionar-te. Sobre que ideais e valores partilhas ou és complacente com e deixas passar. Sobre a permissão ao encontro com o outro, deixar que te conheçam e vejam realmente, mesmo com vergonha, mesmo errando. Comunicar as tuas expectativas e desilusões.


Acaba também por ser um statement sobre a tua fé. O que fazes, vês, lês, ouves para cultivar e expandir quem és? Para firmar a tua fé. Com quem escolhes estar para teres mais fé? Fé em ti, na tua vida, na tua possibilidade e capacidade de construir. De resolver, de maturação e crescer.


De um ponto de vista colectivo, este posicionamento que promove uma conversa entre o Sol, a Lua e a Terra vai estar aspectado por Marte e algumas envolvências de Mercúrio. O que só vem ampliar este sentido de urgência que pode provocar imensos comportamentos desproporcionais à realidade de uma situação ou acontecimento. 


Por volta de Outubro no ano passado, altura em que se deu início aos ataques em Gaza tivemos o primeiro incidir deste eclipse solar em balança que trouxe este questionamento para o colectivo humanidade sobre o que é realmente a justiça nos tempos em que vivemos. O que é justo, quais as desproporções vividas em nome da justiça que podemos observar atualmente e o que, como sociedade, estamos dispostos a fazer. O que realmente caracteriza o justo ou o injusto, que valores estão por trás dessa decisão.


De que forma estão realmente os nossos sistemas e estruturas sociais a defender ou atacar (marte em caranguejo) o que nós como ser individual e nós como ser comunidade, colectivo acreditamos ser justo? Como reflete esta sociedade os valores da humanidade dos dias de hoje? O que é feito ou dito em nome da justiça? 


Serve a consciência deste trânsito e desta minha interpretação dele para que, mesmo não sentindo pessoalmente, poderes cultivar observação e leitura sobre os comportamentos do que e de quem te rodeia. Que seja tudo o que precisas 💫



A Astróloga, 

Carolina Serrano



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